“Eu sou como a garça triste /
Que mora à beira do rio, /
As orvalhadas da noite /
Me fazem tremer de frio. /
Me fazem tremer de frio, /
Como os juncos da lagoa; /
Feliz da araponga errante /
Que é livre e que livre voa. /
Que é livre e que livre voa /
Para as bandas do seu ninho, /
E nas braúnas à tarde /
Canta longe do caminho. /
Canta longe do caminho. /
Por onde o vaqueiro trilha, /
Se quer descansar as asas /
Tem a palmeira, a baunilha. /
Tem a palmeira, a baunilha. /
Tem o brejo, a lavadeira, /
Tem as campinas, as flores, /
Tem a relva, a trepadeira. /
Tem a relva, a trepadeira. /
Todas têm os seus amores, /
Eu não tenho mãe, nem filhos /
Nem irmãos, nem lar, nem flores."
(Trecho do poema “Tragédia no Lar” de Castro Alves)
Que mora à beira do rio, /
As orvalhadas da noite /
Me fazem tremer de frio. /
Me fazem tremer de frio, /
Como os juncos da lagoa; /
Feliz da araponga errante /
Que é livre e que livre voa. /
Que é livre e que livre voa /
Para as bandas do seu ninho, /
E nas braúnas à tarde /
Canta longe do caminho. /
Canta longe do caminho. /
Por onde o vaqueiro trilha, /
Se quer descansar as asas /
Tem a palmeira, a baunilha. /
Tem a palmeira, a baunilha. /
Tem o brejo, a lavadeira, /
Tem as campinas, as flores, /
Tem a relva, a trepadeira. /
Tem a relva, a trepadeira. /
Todas têm os seus amores, /
Eu não tenho mãe, nem filhos /
Nem irmãos, nem lar, nem flores."
(Trecho do poema “Tragédia no Lar” de Castro Alves)
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